Macacos me mordam,
Se eu sou algo mais
Que um símio adestrado
Que pensa que pensa.

Golfinhos que fujam
Se sabem a mais
Do nosso futuro
Na terra pequena.

Marmotas repitam
O dia escolhido
Da nossa aventura
Na vida terrena.

Cachorros me sujam
No dia esperado
Do nosso terráqueo
Desejo de ter.

Baleias me surjam
No meu pensamento
Se eu sou no futuro
Um símio que foge.

Leões que me urjam
A mais não saber
Do dia terreno
Que a vida repete.

As vacas que mujam
E façam saber
Que a terra é o futuro
Do ter e do ser.

As aves que me unjam
E adestrem o ter:
O símio que pensa
Precisa do ser.