Sobreveio uma tal serenidade,
Que o perdão concedeu ao seu passado
De dores, que não mais torturariam
Os ombros acabados pelo peso.

A chuva redentora abençoava
As criaturas já sedentas, secas,
Que ora sentiam escorrer na face
As gotas frias de alegria e alívio.

O tempo dilatou-se ao infinito,
Um caminho mostrando de conquistas
Que viriam sem pressa na hora certa:
Pois o tempo é senhor das coisas todas.

A certeza por fim se aproximou
E o coração limpou de toda a gente.
Deixou a eterna paz ao ir embora,
Pois jamais voltaria a visitar.