Letrinhas no ar,
Voando pra longe,
Subindo do fogo
Que queima as ideias.

Precisam calar,
São frágeis demais,
Lhes pesa o diverso —
É dor que aniquila!

E assim as letrinhas
Não voltam jamais —
Pois morrem suspensas,
Diluídas no nada.

O mundo dá voltas,
Que gire mais rápido;
Perdendo sua graça
Está cada dia.