Um dia pôs um ovo amarelado,
E, devido à aparência duvidosa,
Decidiu ignorá-lo por completo:
Que servisse de pasto a quem quisesse.

Mas do ninho ninguém o quis levar,
Nem os poucos filhotes já nascidos
Conseguiram a casca perfurar;
Resistira às bicadas sem trincar.

Quando saiu da proteção que tinha,
O filhote esquivou-se como pôde
Dos golpes que lançavam-lhe os irmãos
Famintos, desejosos de engoli-lo.

A comida que a mãe trazia, pouca,
Disputava com afinco e assim crescia;
Até que a genitora resolveu
Que não era um dos seus e o arremessou.