Quando brigam, a mãe não os separa;
Em vez disso, as disputas incentiva,
Ao perdedor e ao vencedor restando
A tristeza de a vida continuar.

Ao voltar para o ninho e perceber
Que está sendo atacado, saqueado,
O invasor vai fugindo com destreza —
Mas o alcançam as asas da mãe fera.

Expulsar não deseja, ela queria
Assistir à defesa dos filhotes:
Persegue o agressor para punir-lhe
Pela fuga covarde que empreendera.

Os feridos e os fracos ela os lança
Ninho afora com garras violentas
E com grasnadas impulsivas, frias:
Pois não são dignos de viver ali.