Tem uma ave na copa daquela árvore.
Ali mora, ali ninho ela mantém.
O silêncio que faz é compensado
Pelos pios doídos dos filhotes.

Constantemente os ovos ela põe,
Porém pouco preocupa-se em chocá-los.
A maioria de comida serve
Aos outros animais da região.

Os poucos que por sorte ainda conseguem
Sair do ovo e ver a cor do céu
São mal alimentados e, de fome,
Sofridos piam sem poupar o bico.

É mais fácil comer algum dos ovos
Que esperar de sua mãe alguma ação;
Assim, os irmãozinhos devorando,
Os passarinhos seguem a sofrer.