Os homens que morreram sem viver
São sintoma de um mundo que perdeu
A razão de existir.

Os homens que viveram sem vencer
São herdeiros de um mundo que entendeu
A razão de sair.

Os loucos que viveram sem morrer
São a causa de um mundo que estendeu
A missão de existir.

Os loucos que existiram sem beber
São o mundo de alguém que se perdeu
E deixou de sentir.

Os poucos que souberam entender
São os loucos que alguém circunscreveu
E ordenou a partir.

Os mundos que venceram o dever
São poucos e deixaram nesse breu
A razão a sorrir.