Monumento à bravura dos covardes
Vou erguer a partir da pedra bruta,
Para lembrarmos da coragem deles
De saírem na rua à luz do dia.

Sinfonia escrever vou aos bandidos,
Com tímpanos, trombones e trompetes,
Pela sinceridade, pela ação,
Porque eles sabem que a cadeia existe.

Um soneto pretendo dedicar
Aos maridos que traem as mulheres
E às esposas que traem os seus homens,
Pela frieza de falar mentiras.

Aos corruptos um filme hei de criar,
Em que se exaltem as virtudes belas
Que lhes permitem controlar os outros
E adormecer à noite em paz gloriosa.