A conta não bate,
A conta não fecha;
Por todas as partes
Procuro uma brecha.

Eu somo os minutos,
Suando na testa;
E eu fico de luto
Com o tempo que resta.

É triste, indignante
O ano que voa
Em ar sussurrante,
Que diz “foi à toa”.

Eu vou é parar
De à noite dormir;
Assim vai sobrar
Um tempo pra mim.