A renúncia daquilo que é banal,
Deixando o que é comum na periféria
E o que há de mais grotesco no holofote;
O álcool é o apóstata da vida.

As justificativas ele dá
Bem como explicações e narrativas
Para comportamentos bons e maus;
O álcool é o apólogo da vida.

Uma ponte entre a terra e o divino,
Promessas de salvar-se do real
E aconchegar-se num poder mais forte;
O álcool é o apóstolo da vida.

Ele apaga a memória das vergonhas,
Remove as decisões as mais difíceis
E elimina a vontade de pensar:
O álcool é o apóstrofo da vida.