Os olhos do poeta
Só brilham à noite,
Depois que a bondade
Dormiu para sempre.

Os olhos refletem
As sílabas tortas,
Os símiles fracos
E os versos canalhas.

A lua singela
Não serve pra nada;
Sua luz é fraquinha —
Não faz refletir.

O brilho é de dentro,
Da mente perversa,
Do vil coração,
Do indigno caráter.