O Testamento de um Vírus
Deixei a humanidade de joelhos!
Causei destruição e mortandade!
Sei muito bem que sentirão saudade,
Por isso deixarei alguns conselhos!
Agora que o meu tempo terminou,
Percebo que os humanos são curiosos:
Às vezes me ajudaram, tão bondosos;
Às vezes sua união me sufocou.
Os tolos se preocupam com besteiras,
Com jogos de poder, com egoísmo;
Cresci e multipliquei-me até o abismo
Enquanto os tontos discutiam asneiras.
Mas, sempre que quiseram combater,
Lutaram implacáveis, decididos:
Conseguiram, uns aos outros, dar ouvidos
E assim, com alguma sorte, me vencer.
Humanos, se preparem, tomem tento!
Que eu seja a reprimenda que faltava
Para a amizade se espalhar sem trava
E semear no futuro algum alento!