Mas como abandonar a sanidade?
Não é questão de opção, mas sim doença:
Renunciar é impossível — não há meios,
Nem ficar doente é alternativa crível.

Ademais, que fazer com a insanidade?
Um breve olhar confirma que os insanos
Não desfrutam de um mundo positivo,
Não parecem ser donos da verdade.

Ou será que a verdade nua e crua
É demais para nós, reles mortais,
E a insanidade é o preço a se pagar
Para olhar da cortina o outro lado?

Decidiu encontrar a linha fina
Que separa a loucura da razão
E por ela trilhar e equilibrar,
Espiando o outro lado do universo.