Mas sempre achou computador sem graça;
Programar não sabia, nem de longe;
Sequer sabia o que seu pai dizia
Quando falava em abstrações, camadas.

Ademais a metáfora batida
De ser o cérebro um computador
Sempre o fazia revirar os olhos:
Achava uma estratégia assaz simplista.

Também considerava uma arrogância
Achar que simulavam o universo
Em linguagens e chips similares
Àqueles que os humanos inventaram.

Porém depois do seu revés astral,
Pensou que dar podia alguma chance
A estes computadores, que velozes
Ordenavam numéricas planilhas.