O terror que domina e que aprisiona
É o mundo submetido ao surreal.
O ar que respiramos é pesado
Com a carga do invisível invasor.

Seguem vivendo alguns como se nada
Tivesse acontecido em suas vidas;
Esperam mais do mesmo: que o futuro
Seja igual ao passado tão recente.

Outros em dois a vida já dividem:
O período em que éramos ingênuos;
E o novo, em que pesados fardos trazem
A todos os que passam por aqui.

Mas a ansiedade é amiga deles todos;
A incerteza sufoca seu pescoço;
O medo turva a mente de quem pensa;
E a frustração os dedos paralisa.