As cascas das feridas já caíram,
Os sinais do teu tombo já sumiram;
A hora é pois chegada de acabar
Com tudo que ainda resta de além-mar.

As máscaras que foram já sagradas
Só valem os centavos que arrecadas
Nas feiras de mentiras e verdades,
Onde perdes o tempo e a vontade.

Agora fecha os olhos pesarosos,
Que desafios já viram perigosos,
E abre-os de novo ao contemplar o susto
Que te fez o caminho perder justo.

A vida vive contemplando o muro
Que ergueste, pois não vês o que há no escuro;
Os limites um dia atingirás
E cercado estarás por frente e trás.