A serpente sentia-se, é evidente,
Senhora das fiáveis profecias,
Mesmo não conhecendo de onde veio
O seu talento incrível.

Sabia que podia simplesmente
Ser tudo uma questão de coincidência;
Mas algo lhe dizia que não era,
Que tinha, sim, poder.

Acreditava que o futuro ver
Conseguia, ou que, então, o que dizia
Tornava-se real por forças vindas —
De onde não sabia.

Julgou que poderia dominar
Aquilo que quisesse com tal dom.
Um grito interrompeu seu pensamento
De cobra e de serpente.