Imperava a ansiedade na manhã
Do dia que iniciava em céu azul:
Será que choveria ainda hoje?
A sede matariam?

A esperança da chuva era mais forte
Entre aqueles que os filhos carregavam
Nas costas agarrados e já apáticos,
Pois tinham sede e fome.

Acreditando na serpente ou não,
Todos tentavam aprontar lugares
Em que a chuva podia ser guardada
Na hora em que chovesse.

A serpente sentia grande paz,
Mesmo com os periódicos olhares
Desconfiados lançados pelos outros
Na sua direção.