Um simples desafio à cobra maga.
A pouca água que os troncos conservaram
Em pequenas e côncavas pocinhas
Bebemos toda já;

Já faz um dia que comemos nada,
E as nossas companheiras vegetais
Não dão fruto e as folhas são veneno:
Comer não temos quê.

Sem comida podemos resistir
Semanas, até mesmo um mês, quem sabe;
Mas sem água morremos antes disso:
No máximo três dias.

Porém dos céus a ajuda pode vir,
Na forma de gotinhas de água limpa,
E a estadia alongar indefinida:
Questão de sorte é.