Agora que acabou-se o nosso mundo,
Vamos dizer adeus à companhia
Das sobrenaturais aberrações
Que desde o início nos guiavam plácidas.

Agora que se foi a alternativa
E o caminho a seguir um só restou,
Uma salva de palmas vamos dar
Às orações enviadas pelo éter.

Agora que o mistério terminou
E ficou tão sozinha lá no fundo
Da caixinha a esperança sem valor,
Profundamente vamos suspirar.

Agora que começa o julgamento,
Sem juízes, sem medo e sem gemidos,
Vamos fingir que a culpa não é nossa,
Que o mal que habita em nós é passageiro.