Ai de quem contornar o cabo exótico!
Ai de quem desfocar a imagem nítida!
Ai de quem encostar no amante fétido!
Ai de quem fornicar em coma erótico!

De graça não há nada,
Nem caldo nem feijão.
Para sanar o tédio,
Só com putrefação.

Ai de quem suprimir o olhar dos críticos!
Ai de quem inventar a boa máquina!
Ai de quem desistir da vida apática!
Ai de quem desfazer o mal espírito!

Não fazem mais pessoas
Como era antigamente.
O mundo acaba aos poucos
E nunca de repente.