A graça do mundo
Já foi — se existiu;
Fugiu de repente,
Adeus nem falou.

Ficou desalmado
E desanimado,
Sem vento, sem sopro,
Sem ar, sem espírito.

Autômatos todos
Sobraram coitados;
Olheiras profundas
E bocas abertas.

O tédio ora reina,
Desdém é a rainha:
Aonde se foi
A graça que tinha?