Um bonde perdido
É a história da vida
De cada maldito
Que o mundo já viu.

Pois nascem sem vez
E morrem com nada,
Jogando o xadrez
Do eterno marasmo.

Por dentro da roda,
Um cárcere aberto,
Faz tudo sentido;
Contudo é ilusão.

Pois cada maldito
Consegue enxergar
Somente dois palmos
À frente dos olhos.