Amigos, dos caminhos que ora vemos
Nenhum é ensolarado ou bem cuidado;
A lama, o vento e as armadilhas de outros
Nos esperam, qualquer que seja a escolha.

Alguns querem os olhos esconder
E fingir que a ameaça é inexistente.
Ou tolos ou traidores eles são,
Pois a ruína segue-nos de perto.

Eu mesmo cerio que a vitória é um sonho;
Acordado eu só vejo o nosso fim.
Mas o ânimo conservo intacto sempre,
Que é dos fracos chorar e desistir.

Se quiser o destino que morramos,
Lutaremos enquanto respirarmos;
Se frustrados veremos nossos planos,
Covardes nós não somos — lutaremos.

Escolhamos a via que é mais próxima
E rumo à morte sem cessar marchemos.
Que o vento leve a nossa fama póstuma
E espalhe pelo mundo a nossa glóia.