Quando os olhos levanto e a cabeça
E à frente por quilômetros infindos
Vejo só escravdão e só trabalho,
De tristeza a minha alma se enche inteira.

A roda na engrenagem também cansa
De girar sem saber o que produz;
A máquina porém foi mui bem feita
E à roda obedecer é necessário.

A natureza é sábia, mas não sempre.
Tirou uma soneca e um pesadelo
Teve quando acordou e percebeu
Que perdera o controle e já era tarde.

A escravidão da máquina não cessa
Enquanto a natureza não bater
Com seu martelo arcaico, gigantesco
E o erro consertar de uma só vez.