A sujeira do dia me perturba.
Os fantasmas invadem a visão,
E me gritam que tudo está perdido,
Que a imundície pra sempre vai reinar.

É mentira; eles contam só mentiras.
É que o dia acabou e já se foram
Os que a vida iluminam com paciência.
Só ficou toda a escória com o seu lixo.

As lembranças não param de chegar;
São antigos resquícios fragmentários
Que vieram adeus dizer a mim
Para então se apagarem por completo.

Restaurar nesse caos a ordem plena
É a tarefa do sono que derruba
Os fantasmas, a mim e tudo mais;
É um senhor imbatível, invencível.