Tentou compreender as palavras que ouvia,
Contudo faltava nos sons coerência.
Prestou então toda a atenção que podia
E junto à parede esperou com paciência.

Pedidos de dor: “por favor, por favor”
A mãe começando a falar distinguiu.
Razões possa ter o canalha invasor,
Alguma atitude tomar decidiu.

Os olhos nervosos varriam a casa
Em busca de objeto à tarefa adequado:
Tornar-se projétil dotado de asa,
Que acerte a cabeça do vil celerado.

Foi quando algo estranho notou sobre a mesa:
Deixara o canalha um revólver no canto.
Sentiu lá no fundo uma triste certeza:
O braço estendeu e tomou-o portanto.