O tédio mata,
O tédio enterra,
O tédio apaga,
O tédio enlata.

O tédio um dia
Pegou minha mão,
E, desde então,
Tou sem remédio.

Com a mente oca,
E nada na alma,
Caminhos erro,
Vontade zero.

O verbo ser
Só tem presente
Que não começa
E não termina.

O tédio apaga,
Verdade eu digo;
O tédio é a paga
De estar seguro.