A onda que sobe, a muralha gigante:
O medo se instala, ele grita por dentro.
O frio na barriga suprime o meu fôlego;
Gritar é o comando, mas o ar não me chega.

Os erros passados refletem na onda:
Vencê-la — impossível, eu sei, mas vencê-la
A glória seria; porém o que é certo
É a queda terrível: opróprio, vergonha.

Porém sem cair não se pode aprender —
E qual é o limite do tombo aceitável?
Vergonha é questão de atitude, não mais.
Ainda dá tempo, se eu tento direito…

Lá vem, vai quebrar, vai moer cada osso!
A marca no rosto será permanente,
Lá vem, os meus dias acabam aqui.
Congela o pavor, acabou… acabou…