O edifício decrépito não cai.
Não hoje; mas cair é inevitável.
Os cupins já comeram a madeira,
Que está oca, esperando um belo chute.

Muitos não sabem do que está por vir.
A confiança gera a confiança;
Um bocado de gente ainda estará,
Quando enfim desabar, lá dentro dele.

De proporções enormes, o edifício,
Com estrondo retumbante há de ruir;
Quem estiver por perto nesse dia
Esfacelado ficará sem dúvida.

Comodidades, garantias falsas
De um bem estar eterno — que tolices! —
A insistência alimentam, que por ora
Adia temporariamente a queda.