O geômetra a vida inteira passa
Desenhando suas retas perfeitíssimas
E seus círculos sem falhas ou rasuras.
Admiráveis esforços, porém fúteis.

O geômetra o tempo inteiro imita
A beleza da vida e da natura,
Sofisticadamente usando as técnicas.
As traças e os cupins devoram tudo.

O geômetra um dia construiu
Um aparato que seguro fossel
E que tudo guardasse para sempre
Que estivesse ali dentro colocado.

Pronto o aparato, descobriu, atônito,
Que nada mais havia a ser guardado.
Depositou a régua e o compasso
E, racionalizando, ele se foi.