A barata no cérebro caminha
E ágil afasta os galhos uns dos outros.
Folhas, ramos e troncos espalhados
São planetas, estrelas e galáxias.

Intransferível e individual:
As baratas são monges pacientes.
Seus olhos não enxergam o presente:
Ao longe fitam o futuro vasto.

Os donos das cabeças desconhecem
Quem esquadrinha cada passo seu.
Ingênuas as baratas certamente
Nunca foram; anônimas sorriem.

Controlam as frequências e garantem
Que os humanos discordem concordando.
Rainhas da ilusão, das sombras donas!
Escravos das baratas cerebrais!