Um dia estava num hostel em São Paulo e fui tomar banho. O banheiro era compartilhado, então cada um deveria levar consigo a sua toalha quando fosse tomar banho. Eu esqueci a minha no quarto. Só percebi quando fui me secar.

Sorte minha que eu trouxe o celular e que a minha esposa estava hospedada lá também. Azar o meu que ela não respondia de jeito nenhum as minhas súplicas desesperadas.

No banheiro tinha papel toalha para secar as mãos. Parecia ser aquele papel toalha bom, não aquele vagabundo que se desfaz no contato com a pele molhada.

Vou dizer que aquele aviso que eles colocam nos banheiros públicos, “utilize apenas 2 folhas”, agora tem outro significado para mim. Uma boa toalha de papel tem um poder absorvente que eu não imaginava. Não contei o número de folhas que eu usei para me secar, mas posso afirmar que foi muito menos do que o número que eu esperava — o infinito — e que fiquei sequinho da silva.