Bêbados são, no escuro a procurar
Algum sinal qulquer de alguma coisa.
A busca é árdua, o resutado, pouco.
São, porém, obrigados a insistir.

Frutos colhem incertos, mal formados,
Mas melhor nunca viram. Julgam ser
Relevantes, preciosos, essenciais.
É triste mas verdade: são bem tolos.

Não tenhais raiva, tende deles pena:
Por estupidez fazem, não por mal.
Pobres coitados, tolos desgraçados!
Tristes almas, eternos infelizes!

Da ignorância à arrogância o passo é curto.
E inevitável. Tenham piedade
Os deuses, se existirem, desta raça,
Pois não conhecem os seus próprios erros.