Claustrofobicamente o tempo avança,
Sem olhar para cor ou religião.
A todos sorrateiro sempre alcança
E empurra sem rodeios ao caixão.

Quando o tempo desaba sobre nós
(De um relógio o ponteiro gigantesco),
Os ombros doem uma dor feroz
(De fato um espetáculo grotesco).

Onde está o desgraçado do botão,
Aquele escrito “pause” — onde o perdi?
Estou pagando a quem achar milão.
Preciso muito dele agora aqui.