Sobem a escada sem mais demorar.
Olham de cima o passado distante.
Quanta esperança de dias melhores,
Quantos trabalhos cumpridos debalde.

Centro, bem grande e espaçosa, eis a escola.
Pena é o que sentem ao ver a pobreza,
Tantas crianças que apenas queriam
Verem além de seus pais, mas debalde.

No lado esquerdo a casinha que, embora
Pouca e distante, conquista era máxima.
A prioridade, contudo, era alhures.
O esforço fora, era claro, debalde.

O olhar desviando à direita eles veem
Dias compridos e pipas no céu,
Fábulas, medo e o longínquo futuro.
Debalde tudo, porém, ficou lá.