Uma vez, algum dia em 1990 ou 1991, quando eu tinha seis ou sete anos, a tia Arlete ia vir nos visitar. Quando saí para a escola de manhã, eu sabia que ela chegaria enquanto eu não estaria em casa. Eu estava empolgado com a visita.

Quando eu saio da escola (sozinho — outros tempos), qual não foi minha surpresa: assim que dobro a esquina, vejo a tia Arlete, usando uma blusa marrom, de costas, caminhando logo ali na frente, indo na mesma direção que eu.

— Tia Arlete! — Corri até ela e dei aquele abraço, por trás.

Assim que a moça se vira, olho para o resto dela. Que terror! Não era a tia Arlete.

Morri de vergonha e saí correndo sem olhar para trás.