Razão (3)
Senhora razão,
Que a tudo subjugas,
Vem ver como estão
Aqui minhas rugas.
Já velho, já gasto,
Com a tua candura
Eu colho o nefasto
Troféu da amargura.
Verdades tu dizes,
Não o tenho negado;
Porém tu deprimes
Quem anda a teu lado.
Pois vê, ó maldita,
És forte, sou fraco;
Tu reinas invicta,
Mas eu quebro em cacos.