Eu leio a notícia,
Que fundo me dói
Com toda a imundícia
Que o mundo destrói.

Pois, sim, é verdade:
Vai tudo mui mal.
A calamidade
Agora é fatal.

Eu morro de medo
Até de passear;
Mais tarde ou mais cedo
Me vão metralhar.

Que sorte que eu leio,
Que odeio a ignorância;
De um mundo tão feio,
Eu quero é distância.