A ansiedade é preciso controlar.
Senhores, não a deixem nem surgir,
Pois ela cresce e vence todo o resto,
Deixando a mente escrava de ilusões.

No berço etimológico já anunciava
A intenção de acabar com a sua vítima
Apertando o pescoço com mãos frias
Até que não respire mais e morra.

Privando do ar precioso, ela persegue
Os bons e os ruins, trazendo-lhes miséria.
Seja feliz enquanto ela descansa —
Depois os juros lhe serão cobrados.

A culpa é do futuro, que prever
Não sabemos, e, aberta esta lacuna,
Sufoca-nos o mal que vem de dentro;
Do infeliz é senhora a ansiedade.