Com alma vendida
Me rendo ao sistema.
O peso do fardo
Enfim me quebrou.

Farei o que querem
Do jeito que querem:
É simples agora,
O inferno é depois.

Talvez pagarão
A conta dos atos
Os filhos e os netos —
Covardes nós somos.

Desculpas nós temos,
Ninguém poderá
Culpar-nos de nada
Quando a hora chegar.

Esta é a humanidade:
Com rosto maquiado,
Consciência poluída —
E danem-se os outros.