Atrás desta pele
Limpinha, lisinha,
Esconde o sistema
As carnes impuras.

Eu sei do segredo
Que quer escapar,
Que vai explodir
Mais cedo ou mais tarde.

É podre por dentro.
Nenhum canibal
Teria coragem
De a carne provar.

Eu vou me afastar,
Pois perto não quero
Estar de você
Pra ver a nojeira.

Pois logo as entranhas
Cuspir vão os vermes
E os vis parasitas
Que habitam seu corpo.

A pele, por fim,
A casca mendaz,
Comida será
Na terra do mundo.