No jogo do bicho
Eu sempre apostei
Mas nem centavinhos
Eu nunca ganhei.

Queria ser mesmo
Um grande bicheiro;
Encher os meus burros
De rico dinheiro.

Respeito captar
No olhar de quem passa:
Eu sou o maioral,
Vocês são sem graça.

Usar a camisa
Mais brega que achar;
Pois eu faço a moda,
Não vão desconfiar.

Depois, quando velho,
Vão vir as histórias
Pedir que eu as conte
Crianças, senhoras.

Vou ser bem honesto,
Dizer vou então:
Melhor que bicheiro
Não há profissão.