Eu quero agora dar os parabéns
Àquele motoqueiro celerado
Que acha divertido o barulhão
Da máquina infernal que ele pilota.

O desgraçado crê que está abalando,
Que as menininhas todas o desejam,
Que o invejam os rapazes de sua idade,
Que os velhinhos o temem como a morte.

Não, seu babaca! Não, seu imbecil!
É desprezo que nutrem por você!
Até a sua mãe detesta o seu caráter,
Aquela criminosa que o pariu.

Espero que na próxima saída
Um muro de concreto você encontre,
E que a bosta da moto se arrebente,
Pra você se lembrar de que não presta.