Se o tempo pudesse
Abrir sua boca
E alto falar,
Diria o seguinte:

“Vai lá, seu bocó,
Refaz os teus planos
De horas medidas
E vê no que dá!”

“Vai lá, seu ingênuo,
E mede os minutos
Que gastas com as coisas —
Muito útil será!”

“Vai lá, seu coitado,
No espelho te olha,
E vê que não dá
Mais tempo de nada!”