Tudo será cobrado e pagarás
Com juros, taxas, moras e o escambau.
Não pisques, que o teu tempo está já curto:
A dívida acumula e logo tomba.

Não tentes esconder o rosto pálido,
Como se o sentimento da vergonha
Fosse algo natural a um ser tão vil,
Tão bem encaminhado para o inferno.

Pena ninguém terá de um desgraçado
Que ao diabo sua alma não vendeu somente
Por ser covarde, incompetente, fraco:
Não serviste sequer para ser ruim.

Anda, tuas preces faz, se nelas crês:
O boleto final já bate à porta
E o pagamento parcelar não podes:
Vai ser é débito nos cornos teus.