No tempo de uma vida que se arrasta,
Milhões morrem e nascem muitos mais;
Países somem e outros aparecem;
Animais são extintos para sempre.

Nos anos de uma vida que demora,
Gerações, furacões, revoluções;
Pensionistas, vigários, estudantes;
Terremotos, ataques, ditadores.

Do lento crescimento à morte rápida,
Pudores, velharias, armamentos
Acabam com a vontade de viver,
E o mundo se desfaz em poeira fina.

Na vida entediante dos humanos,
Tudo mudo mas tudo é sempre igual:
Não há nada de novo sob o sol,
E nem a África pode nos salvar.