Agora que os teus dias terminaram,
Erige um monumento de res gestae:
Uma enorme coluna de ouro sólido,
Sem nada escrito, em branco, gloriosa.

Quantas horas, semanas, meses, anos,
Tiveste na longuíssima existência?
E não deixaste nada para trás,
Nem mesmo alguns rabiscos titubeantes?

Ah, mas acumulaste grandes somas?
E foste respeitado pelos pares?
E grande autoridade também foste?
Tudo ao vento, meu caro, tudo ao vento.

Aceita a conclusão inevitável:
Que a vida que levaste é só mais uma
Entre outras tantas que não valem nada;
É quase o mesmo ter vivido ou não.