Que caiam os céus;
Ninguém prometeu
Que o mundo seria
Assim para sempre.

Que venha o granizo
E os tetos que fure;
Que a casa se acabe
Num golpe de fúria.

Que os raios atinjam
Os sonhos e as árvores
E parta-os ao meio;
Que sirvam de aviso.

Que o vento me leve
Daqui para longe;
Que nada ele deixe
Do tempo passado.