Outros, porém, argumentaram contra
Dizendo que com cobra negociar
Não conseguiram nunca no passado,
Pois são cruéis e más.

Disseram que as estrelas ler não pode
Nem a cobra, nem eles, nem ninguém;
É pseudociência das mais vãs que existem:
Não sabe ler, nem pode.

Alguém também notou que não fazia
Sentido algum que a cobra — presa ao chão,
Olhando para frente e sob as árvores
O céu soubesse ler.

Falou, por fim, mais alto o desespero
E deixaram a cobra com sua vida.
Ordenaram que no alto ela ficasse
E lesse o seu destino.